sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alguém aí recebe cartas?

A chegada da tecnologia provocou impacto na sociedade brasileira. Quando surgiram os computadores, a novidade era apenas pra um grupo restrito de pessoas com alto poder aquisitivo.  A internet, então, era artigo de luxo na época e poucos tinham acesso. O alto custo para manter um computador e empolgação dos usuários com a novidade da internet acabou provocando sim um isolamento entre os jovens.
Aos poucos, a tecnologia foi chegando a outras classes e o número de pessoas com acesso à internet cresceu, mas o problema continuou. Quando os chats começaram a se popularizar, os usuários, principalmente os jovens, se tornaram verdadeiros “homens da coverna”. A possiblidade de conversar em tempo real com uma pessoa em qualquer lugar no mundo, abriu um leque de possibilidades de entrenimento e informação para a sociedade. Cada vez mais empolgados, os usuários trocaram de vez o convívio social real pelo convivio virtual.
A tecnologia acabou criando relações superficiais. As redes sociais chegaram e viraram febre nacional. Uma característica em comum, é que todas as redes somam número de contatos. Quanto maior o número de pessoas adicionadas ao seu perfil, mais a pessoa “bomba” na internet. Mas ter muitos contatos não significa ter muitos amigos, a grande maioria é  de amigos virtuais, apenas, que pouco participam da sua vida e do seu convívio social. Hoje, os jovens chegam em casa, se trancam no quarto, comem qualquer porcaria e ficam na frente do computador esperando que um dos seus seguidores apareça.
Essa realidade pode começar a mudar com a tecnologia portátil que traz mobilidade e economia de tempo. O acesso à internet e às redes sociais através de celulares e tablets ainda é restrito, mas a tendência é que se popularize. Com isso, o usuário pode deixar de ser homem da caverna do século 21, e sair para ver a luz do sol. As pessoas podem se socializar mais, ter mais contato, sem abrir mão do uso de tecnologias.
A tecnologia é uma realidade e não podemos ignorá-la. Quem hoje vai ao correio? Alguém aí recebe cartas? A resposta provavelmente é não. E não estamos falando de contas de empresas que ainda não estão conectadas ao mundo virtual.  Hoje abrimos a caixa de e-mail, e não de correio. Colecionamos seguidores, e não selos postais. O que devemos fazer, é  aprender o bom uso das ferramentas que possuímos.
Natália Moraes e Lohaynne Gregório

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