sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desenvolvimento tecnológico: fim dos impressos?

O desenvolvimento tecnológico afeta a vida e a cultura da sociedade. Os hábitos mudam a cada avaço da tecnologia. Mas até onde essa transformação traz benefícios?
Na era do imediatismo, não se pode perder um segundo sequer.   As informações hoje precisam ser transmitidas em tempo real ou serão ultrapassadas. “Informação é poder”, já dizia algum blog por aí sem citar o autor. E mais poderoso é o veículo que informar primeiro. Diante desse cenário, os e-books e jornais online surgem com um futuro promissor. Seria o fim dos impressos?
Os jornais impressos ficam muito atrás quando o assunto é velocidade. Os fatos importantes de hoje só serão publicados amanhã. A cobertura também é limitada. Nem sempre os leitores querem saber apenas dos acontecimentos julgados mais importantes por um editor, e o impresso não tem espaço para o que considera secundário. Os jornais eletrônicos não têm esse problema: o espaço pode ser ilimitado.
A questão ambiental, bandeira levantada pela atual geração, também deve ser considerada. A quantidade de papel utilizado na produção dos jornais e livros impressos é enorme. E como sabemos, a sociedade pouco se empenha na reciclagem. Os e-books não sofrem do mesmo mal. Mas e os milhares de tablets, notebooks, netbooks e smartphones que passam de lançamentos a ultrapassados em um mês? Aí está o problema. O lixo eletrônico não tem destino ambiental seguro. Os mais otimistas podem pensar em reciclagem, ramo que poderia até ter expressividade econômica. Mas, se já não reciclamos nem papel, imaginem placas, circuitos e monitores...
Os impressos saem na frente quando o assunto é lazer e não necessidade. Enquanto alternativa à tecnologia, os livros têm seu charme. O notebook, tablet e computador , instrumento de trabalho de muitas profissões, cansam. Nada melhor que descansar na cama com um bom livro. E há ainda o sentimento. Um tablet é frio, insensível, não provoca. Os livros sempre terão a seu favor o prazer do toque. Muitos jamais trocariam algo concreto, palpável, pelo digital. Então temos aqui um empate técnico de vantagens e desvantagens. Mas o futuro não espera discussões e análises. E olhando mais adiante, lá estão eles: os ebooks.
Lohaynne Gregório

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