sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Bullying e seus efeitos...

A prática do Bullying é algo que acontece no mundo há muitos anos. É corriqueiro ouvir alguém dizer que passou por isso, que se sentiu excluído, isolado, discriminado e até pessoas que sofreram algum tipo de violência física também. Porém os estragos que essa prática de muito mau gosto pode fazer no psicológico de uma pessoa pode ser muitas vezes irreversível. É comum ligar a tv e assistir reportagens sobre jovens que foram armados para escolas e faculdades e alvejaram seus colegas e professores e logo após se suicidaram. Isso na grande parte dos casos é resultante do Bullying. Tambem como resultado do Bullying muitas crianças e jovens acabam desenvolvendo um quadro, em muitos casos longo, de depressão. A sensação de rejeição é muito grande e quando isso ocorre na infância e na adolescência acaba, deixando marcas para a vida toda. Quem é agredido não entendo o porque disso, se sente diferente, infeliz, incapaz. É uma tortura ver todos os seus colegas de classe rindo, conversando, brincando e ver que você não pode participar disso, que não pode ser como os outros. Eu me lembro dos meus tempos de escola e por conta dessa enorme discussão que se tem feito em torno desse assunto, eu quis lembrar ou reviver algum momento em que eu talvez tenha sido possivelmente vítima de Bullying. Contudo a conclusão que cheguei é que eu muitas vezes era eu quem fazia o mesmo. Não acredito que era por maldade, prefiro pensar que era coisa de criança, mas isso soa como uma grande hipocrisia da minha parte. Não sei bem o que me levava a isso, mas acredito que nesse tempo em que estamos em desenvolvimento emocional e psicológico nós estamos sujeitos a muitas atitudes, a muitas influências no ambiente em que vivemos. Eu tinha o costume de implicar, juntamente com um grupo de meninos com uma menina, isso eu estava cursando, acredito que o terceiro ano da educação infatil. Eu era muito criança, mas lembro que a mãe da menina teve que ir à escola e a professora veio reclamar com nós os alunos. Não lembro se parei, mas sinto que fazia isso, não para fazer mal a menina, mas sim, pois eu não queria estar no lugar dela e já que ela estava na berlinda, pensei: antes ela do que eu. Era um tipo de defesa, não sei bem. mas foi uma postura errada, pois não deve-se nunca fazer aos outros o que não desejamos que seja feito conosco. Arrepender só não adianta, embora que o ocorrido tenha se passado em um época em que eramos muito novos, acho que foi algo que possa ter prejudicado a garota. Talvez nos dias de hoje ela não se lembre, talvez tenha superado muito bem o que ela passou nesse tempo, mas ainda assim foi algo que provavelmente deixou algum tipo de sequela em sua vida, ainda que mínima.
Ainda não sei bem se há um solução exata para que o Bullying passe a ser algo extinto, mas acho que já tocar no assunto, fazer debates, ouvir relatos, acho que a discussão desenvolvida já está sendo um grande avanço, pois antigamente ninguem falava a respeito. As pessoas preferiam se calar e isso tornava as coisas ainda piores. O silêncio de certa maneira já matou muita gente, se não foi fisicamente, foi emocionalmente. As escolas devem começar desde a educação infantial a falar com as crianças, não permitir que haja qualquer tipo de discriminação e intolerância entre os alunos. Os alunos tem que ser sempre muito bem observados para haver a percepção de se há algum tipo de hostilidade, de má indole, ou qualquer coisa que leve um ou mais estudantes a praticar algum ato de violência. Quanto mais se falar no assunto, quanto mais se tentar erradicar o Bullying, menos casos acontecerão e os jovens e os professores estarão atentos, dificultando essa agressão, falta de respeito e desumanidade que vem acontecendo há tanto tempo.

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